Insegurança financeira aumenta interesse pelo empreendedorismo na maturidade

  • 08/08/2024
(Foto: Reprodução)
Para Mórris Litvak, embora a contratação de trabalhadores maduros ainda seja pontual, começa a ficar claro para as empresas que a diversidade etária pode afetar positivamente o negócio. Em sua sétima edição, o MaturiFest, que acontecerá entre os dias 14 e 16 em São Paulo, divulgará a pesquisa “Transição de carreira na maturidade”, que o blog apresenta hoje com exclusividade. Realizado entre os dias 3 e 24 de junho, com mais de 2 mil participantes com idades variando entre 43 e 82 anos – todos atuando no mercado de trabalho ou em busca de recolocação profissional – o estudo aponta que a maioria considera a alternativa de uma mudança de carreira diante da insegurança financeira que acompanha essa fase da vida. Seguem alguns destaques do levantamento, de acordo com os seguintes critérios: Preconceito contra o trabalhador mais velho ainda é forte, levando as pessoas ao empreendedorismo Poor Photographer para Pixabay Renda familiar: • Até R$ 5 mil: 67% consideram a transição, com 30% buscando ativamente, 12% em processo e 25% apenas considerando; • Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil: 69% consideram a transição, com 23% buscando ativamente, 19% em processo e 27% apenas considerando; • Acima de R$ 10 mil: 69% consideram a transição, com 22% buscando ativamente, 22% em processo e 25% apenas considerando. Escolaridade: • Ensino Fundamental, Médio ou técnico: 51% consideram a transição, com 18% buscando ativamente, 8% em processo e 25% apenas considerando; • Ensino Superior incompleto: 67% consideram a transição, com 31% buscando ativamente, 13% em processo e 23% apenas considerando; • Ensino Superior completo: 70% consideram a transição, com 27% buscando ativamente, 15% em processo e 28% apenas considerando; • Pós-graduação: 74% consideram a transição, com 27% buscando ativamente, 23% em processo e 24% apenas considerando. Como organizar as ideias e as finanças para começar a empreender Planejamento financeiro • Apenas 15% dos participantes têm um planejamento financeiro abrangente que proporcionaria tranquilidade para mudanças profissionais; • 42% têm um planejamento financeiro, mas reconhecem que pode não ser suficiente; • 43% não conseguem ter um planejamento financeiro para essas situações. Para Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi, plataforma on-line focada no profissional maduro, o movimento de transição de carreira é uma tendência em expansão: “o preconceito contra o trabalhador mais velho ainda é muito forte, principalmente quando se trata de contratação formal pela CTL. Depois de um tempo procurando uma colocação, quem não se aposentou se dá conta de que precisa pensar em outras alternativas. Há também um grupo menor que busca uma atividade que lhe traga um senso de propósito”. Ele avalia que, desde a criação da Maturi, em 2015, houve um movimento positivo em relação à mão de obra madura, embora as contratações ainda sejam pontuais: “assistimos a uma mudança de cultura, as empresas estão mais abertas e querendo aprender. Começa a ficar claro que a diversidade etária pode afetar positivamente o negócio”. Há duas questões que emperram uma maior receptividade das companhias: o trabalhador maduro é considerado caro e, por não ser um nativo digital, sua aderência à tecnologia tende a ser menor que a das gerações mais jovens. Por isso, Litvak relaciona pontos importantes para quem deseja continuar no jogo: Abraçar a tecnologia como aliada. Reciclar-se continuamente (o chamado lifelong learning). Alimentar uma rede de contatos (networking), porque é possível que mesmo um hobby ou um trabalho voluntário possam se tornar uma nova profissão. Ter humildade para aprender. Estar aberto a diferentes possibilidades.

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2024/08/08/inseguranca-financeira-aumenta-interesse-pelo-empreendedorismo-na-maturidade.ghtml


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