Empreendedores maduros têm mais chances de êxito

  • 07/07/2024
(Foto: Reprodução)
A chamada economia prateada, voltada para o público acima dos 50 anos, está estimada em 15 trilhões de dólares Na semana passada, assisti ao “State of age tech 2024”, o mais recente balanço do mercado da tecnologia voltada para um envelhecimento de qualidade. Na sétima edição do evento, Keren Etkin, fundadora do The Gerontechnologist e The Age Tech Academy, apresentou números impressionantes: seu mapeamento aponta cerca de 300 startups atuando, com uma injeção de capital da ordem de 4 bilhões de dólares (R$ 22 bi). “Não se trata mais de um nicho. Embora não seja um mercado tão grande quanto o da saúde ou segurança digitais, já se tornou um ecossistema saudável”, analisa. Novos negócios: um empreendedor de 50 anos tem 1.8 mais chance de chegar ao sucesso do que seu par de 30. Se tiver 60 anos, a chances triplicam Pexels para Pixabay Em 2022, a chamada economia prateada, voltada para o público acima dos 50, estava estimada em 15 trilhões de dólares (quase R$ 83 trilhões). O interessante é que empreendedores maduros são os que têm mais chances de êxito: a idade média dos fundadores das startups de maior crescimento é 45 anos. No entanto, um empreendedor de 50 anos tem 1.8 mais chance de chegar ao sucesso do que seu par de 30. Se tiver 60 anos, a chances triplicam. No levantamento, 30% das empresas que triunfaram foram criadas por pessoas acima dos 50. Nos Estados Unidos, adultos acima dos 50 anos têm o mesmo número de dispositivos eletrônicos que os da faixa entre 18 e 49. No caso do smartphone, por exemplo, ele é utilizado por 89% dos 50 mais e por 90% do grupo mais jovem. Os percentuais se igualam para smart TV (75%) e tablet (59%). No entanto, a maioria avalia que os lançamentos tecnológicos não levam em conta a idade do usuário, o que dificulta sua utilização. Na faixa entre 50 e 59 anos, 56% pensam assim; entre 60 e 69, 66%; e, acima dos 70, o percentual chega a 70%. Etkin enfatiza que esse é um mercado de enorme potencial, com diversas áreas que necessitarão da tecnologia para enfrentar desafios crescentes. Seguem as principais tendências globais: O envelhecimento da população asiática: apesar de a situação não ser exclusiva do Oriente, o Japão é o laboratório desse novo cenário. A nação com o maior percentual de idosos tem investido no desenvolvimento de robôs, mas isso não é suficiente. Embora o país seja bastante fechado para imigrantes, um acordo com a Indonésia possibilitou visto de trabalho para 100 mil cuidadores a fim de diminuir a falta de mão de obra. A China, por sua vez, terá que descobrir como cuidar dos 400 milhões que passarão dos 60 por volta de 2040. Fraudes e golpes contra idosos: somente nos EUA, o FBI estima que, em 2023, as perdas chegaram a 3.4 bilhões de dólares (R$ 19 bi). “Não entendo por que Apple e Google ainda não fizeram nada a respeito, porque são plataformas que poderiam ter um sistema de alerta eficiente”, alfinetou Etkin. Idosos procurando trabalho: a previsão é de que o segmento da mão de obra acima dos 65 anos crescerá 34% até 2032, seguido pelo da faixa etária entre 35 e 44 (10%) e 45 e 54 (8%). Haverá queda nos grupos entre 16 e 24 (-8%); 25 e 34 (-2%); e 55 e 64: (-4%). Nos países ricos, há um potencial de incremento substancial do PIB com a contratação de trabalhadores seniores. Na sua opinião, as perspectivas também são positivas para os países de baixa renda: “as pessoas têm celulares e não se separam deles. É um mercado a ser explorado”.

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2024/07/07/empreendedores-maduros-tem-mais-chances-de-exito.ghtml


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