Amor e paixão têm diferenças no corpo humano? Entenda o que diz a ciência

  • 28/10/2024
(Foto: Reprodução)
A dopamina é um retransmissor. Uma substância química natural do nosso próprio corpo. Ela é associada ao sistema de recompensa. Já a ocitocina é mais associada ao sentimento de vínculo. Antes de qualquer coisa e de discutir a pergunta que dá título a este texto, vale uma ressalva: amor e paixão são conceitos relativos. Não tem nada que defina, de forma exata, específica, quando uma pessoa vive, em m relacionamento, um ou outro, amor ou paixão. Mas há alguns sinais, no próprio corpo, que podem dar pistas sobre a pessoa estar em um momento mais eufórico, comumente relacionado à paixão, ou mais tranquilo, que socialmente atribui-se ao amor. "Eles são diferentes. A paixão é arrebatadora, ela é um sentimento forte um sentimento", explica Carmita Abdo, uma das maiores referências nos estudos da sexualidade, médica psiquiatra, livre docente pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo e professora do departamento de psiquiatria. Casal de mãos dadas. Unsplash/reprodução Abdo, que é fundadora e coordenadora do programa de estudos em sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, um grupo de pesquisa multidisciplinar de ensino, assistência e serviços à comunidade, falou em entrevista ao podcast Bem Estar em junho de 2024. "Essas pessoas não conseguem dormir direito, estão geralmente muito exaltadas, estão jorrando dopamina nas circulação, a necessidade de recompensa é muito grande." A dopamina é um retransmissor. Uma substância química natural do nosso próprio corpo. Ela é associada ao sistema de recompensa. Mas, como diz o ditado popular... A paixão também passa. E, se o relacionamento continuar, mudam também os neurotransmissores. "Ela vai sendo pouco a pouco substituída. Essa situação, quando o relacionamento tende a se manter pelo amor, que já é um sentimento mais calmo, mais tranquilo e que, logicamente, vem através de outros neurotransmissores trazer essa situação... A serotonina, que controla um pouco mais os impulsos, está muito mais presente, levando a uma sensação de bem-estar." Também vem, quando a paixão vai dando espaço para o amor, outro neurotransmissor, que Abdo chama de substância do vínculo, do afeto. "O amor ele acontece se o relacionamento se prolonga. Eu vejo uma vez, eu vejo duas, eu vejo três, eu vou me aproximando... E aí a necessidade do vínculo vem surgindo através de ordem de uma substância que se chama ocitocina." Abdo compara a liberação de ocitocina no pós-parto da mulher. "A ocitocina é a mesma substância que a mãe jorra na circulação assim que ela tem o bebê. Ela acaba de dar à luz e, antes que ela adormeça, ela necessita ter o bebê junto do seu corpo apara ela poder, depois, relaxar." "A ocitocina é o que une os casais, levando-o a querer ficar juntos apesar de não ser mais aquele sentimento forte e arrebatador que é característico da paixão." Ouça a íntegra do episódio para saber mais. Comunicação/Globo

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/podcast/noticia/2024/10/28/amor-e-paixao-tem-diferencas-no-corpo-humano-entenda-o-que-diz-a-ciencia.ghtml


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